Archive for the ‘Abby.’ Category

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before night falls

Abril 30, 2007

 

 

 

take me now baby here as I am
pull me close, try and understand
desire is hunger is the fire I breathe
love is a banquet on which we feed

come on now try and understand
the way I feel when I’m in your hands
take my hand come undercover
they can’t hurt you now,
can’t hurt you now, can’t hurt you now
because the night belongs to lovers
because the night belongs to love
because the night belongs to lovers
because the night belongs to us

have I doubt when I’m alone
love is a ring, the telephone
love is an angel disguised as lust
here in our bed until the morning comes
come on now try and understand
the way I feel under your command
take my hand as the sun descends
they can’t touch you now,
can’t touch you now, can’t touch you now
because the night belongs to lovers …

with love we sleep
with doubt the vicious circle
turn and burns
without you I cannot live
forgive, the yearning burning
I believe it’s time, too real to feel
so touch me now, touch me now, touch me now
because the night belongs to lovers …

 

because tonight there are two lovers
if we believe in the night we trust
because tonight there are two lovers …

Patti Smith

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Kansas . Dust In The Wind

Abril 14, 2007

De certeza que já pensaram sobre a quantidade de pessoas que já passaram pelos vossos caminhos, com quem se cruzaram, com quem falaram, que vos despertaram certas sensações, que marcaram a diferença e que eventualmente acabaram por se afastar. Certamente já se perguntaram sobre o porquê de alguns permanecerem e de outros se perderem da nossa mão. Eu também não sei o porquê. Mas fico constantemente a pensar nisso e dá-me um aperto no estômago.

“All we are is dust in the wind.”

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Adrenalina

Abril 13, 2007

A minha primeira aula de condução foi, provavelmente, uma das mais assustadoras experiências da minha vida. Saltei para o banco do condutor com os ossinhos todos a tremer. Talvez não seja caso para tanto, mas pronto, para mim foi mesmo o pânico. Enfim, após algumas trapalhadas, lá fui perdendo um bocado o medo de pôr o jipe a trabalhar. Agora acelerar e pôr a segunda continua a ser complicado. O barulho do motor a começar a acelerar põe-me o coração aos saltos e eu fico toda medrosa de me espetar contra as árvores. E pôr o carro a andar em linha recta ao fim de fazer inversão de marcha ou de fazer uma curva também é complicado. O meu irmão até diz que eu até tenho jeitinho, mas eu não sei. Acho que estou destinada a ser uma azelha da estrada.

É engraçado como passei a ver com uns olhos completamente diferentes o trânsito. Agora estou sempre com os olhos esbugalhados, atenta a tudo e sempre que saio com o meu irmão lá vou eu a ser questionada sobre os sinais.

Amanhã, penso eu de que, vou à feira do livro em Braga. E segunda… é de volta para os leões. Vou tentar arranjar um emprego e arrastar as marias par a busca de nova casa.

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amazed by her great stupidity

Março 30, 2007

I am getting a little bit crazed up.

Toda esta confusão e incerteza em relação a cursos, futuro, perspectivas de vida está-me a dar cabo do sistema. Mal começaram as aulas, mal pus pé naquela maldita faculdadezinha esquecida pelo mundo que eu pressenti que ia ser um mau ano e que a minha incursão no mundo jornalístico não ia ser coisa boa. Pois muito raramente me engano e confirmou-se. Aguentei, aguentei, não só para fazer a vontade aos meus pais que muito me diziam que era só um período de habituação, mas também para provar a mim mesma que não era uma artimanha do meu subsconsciente, uma precipitação etc. Pronto, fiquei mesmo para ver se gostava ou não daquilo, se eventualmente começava a sentir uma pontinha de agrado pela coisa. Não aconteceu.

Agora que descobri um curso que me parece falar ao coração, os prazos de inscrições para pré-requesitos e para exames já passaram e não estou muito bem a ver o que fazer. (a memória é uma coisa fodida. não tinha noção nenhuma de que as inscrições eram tão cedo no ano) Vou tentar ir à minha escola secundária saber como é da segunda fase. Se sempre posso dar entrada aos papéis de inscrição para os exames nacionais na segunda fase e ainda assim entrar na primeira fase de acesso á faculdade.

Ai vida. Isto de ser atrasada mental tem muitas consequências na vida de uma pessoa. AAAAAAAAAAAAAAH BURRA BURRA BURRA. SOU BURRA COMO UM CEPO.

-dá um tiro na cabeça.-

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Fiona

Março 18, 2007

Hunger hurts. And i want him so bad. Oh it kills.

 ‘Cause i know i’m a mess he don’t wanna clean up.

I got to fold ‘cause these hands are too shaky to hold.

Hunger hurts. But starving works. When it costs too much to love.

Vou sair. Tentar fotografar qualquer coisa.

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Fim de semana na terra.

Março 9, 2007

A segunda semana de aulas do segundo semestre acabou. Começou mais um fim de semana, par de dias insuficientes para fazer o que quer que seja, para matar as faltas que se sentem. Par de dias em que mesmo que eu nao dormisse não chegariam para sentir o conforto pleno que significa estar em casa. Respiro fundo. Estou na minha secretária, com o sol a banhar-me os dedos, que olho, e o resto do corpo, que sinto. Tudo é meu aqui. Tudo. O céu, o chão, as nuvens, os pássaros, as árvores. Tudo é meu e aqui, se me lançar de uma janela, não é por desespero mas pela estapafurda excitação de pertencer. Sentada, assim, aqui, a sentir ainda as gotas de água do duche escorregarem-me silenciosamente pela espinha, sei que é aqui que verdadeiramente pertenço, que são estas as raízes primordiais que me dão força e alimentam para onde quer que eu vá. São estas as memórias que me arranjam o corpo e entrelaçam e saram as outras no espírito. A Mafalda nos ouvidos, os montes verdes do lado de lá da janela, emoldurados no azul do céu.. daqui cheiram-se as árvores, toda a vida que existe antes de nós, para lá de nós. Manhã perfeita enrolada no cabelo. Vou sair.

 

 

Abby.

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O ínicio da Aventura.

Fevereiro 9, 2007

Nas cidades grandes é mesmo impossível a sobrevivência se não nos distanciarmos da realidade que nos rodeia e que diariamente nos acerta de uma forma tão desavergonhada no estomâgo.

Eu, como habitante de uma cidade pequenina que sempre fui, agora que me vejo largada nas ruas do Porto, admito que sinto um pouco de medo. Não tanto pelo que me possa acontecer, mais pelo que vejo acontecer aos outros. A desgraça e o sofrimento dos outros sempre me atacou de uma forma muito mais grave do que a minha própria. Sempre tive tendência para estar de olhos bem abertos com o que se passa à minha volta, ainda que seja razoavelmente boa a escondê-lo. É certo que prefiro o silêncio, talvez por o considerar mais civilizado e achar que de caos já basta o que resulta do zum zum das pressas quotidianas.

As grandes cidades são bonitas de se visitarem, os olhos de um visitante são sempre mais sedentos e mais famintos de novidade e de pormenores que os olhos dos habitantes já endurecidos e embaciados pelos vai véns de autocarros, eléctricos, metros, comboios, carros, pessoas, máquinas… Eu sei lá o que mais!

Sei que no Porto é dificil dormir de noite porque não há um minuto de sossego. Aquela cidade não dorme! Por outro lado é reconfortante saber que há sempre algo de interessante a acontecer à nossa volta, saber que podemos pegar nas chaves de casa, agarrar o casaco e pôr pés ao caminho, à descoberta de algo novo.

Tivemos sorte! Conseguimos arranjar um apartamento jeitoso, espaçoso, cada uma com direito ao seu próprio quarto, decorado a gosto. Temos sala de estar, um belo sofá feito de colchões velhos que é o auge da preguiça e salinha de jantar com um toque de fantasia artistica, já que duas de nós são meninas das artes!

Desde o primeiro dia que me senti bem naquela casa. Dou-me bem com as três raparigas com quem moro e aprecio-as muito. Entre nós dá-se um equilibrio curioso. Uma espécie de energia palhaça aconchegante que nos garante sempre um pensamento recorfortante ao fim do dia, quando tudo parece que corre mal. Dentro do nosso apartamento está sempre tudo tranquilo. Exceptuando o frio, que PORRA é mais que muito. Mas nada que não se resolva com um aquecedor e uns cobertorezinhos.

Desde o primeiro instante em que colocamos os pés dentro daquela casa que, todos os dias nos acontece uma nova peripécia. As primeiras descobertas e invenções tiveram claro a ver com a casa. Lembro-me das nossas reuniões antes das aulas começarem, quando já tinhamos casa mas não tinhamos condições para ir pra lá, quando ainda não nos conhecíamos as quatro. Lembro-me particularmente de um episódio, aqui, em minha casa, em que vimos catálogos IKEA e Moviflor enquanto os nossos pais acertavam o contrato na sala e seleccionavamos mobilia pro nosso apartamento que apesar de estar a abarrotar de mobilia nao cheirava nada a lar.

Tivemos a sorte incrivel de conseguirmos arranjar apartamento por cima de gente conhecida (amiguinhaaas!) e de ficarmos num prédio quase exclusivamente de estudantes. Sim o prédio não é muito grande e pelo menos 5 apartamentos (com 4, 5 pessoas mais ou menos cada) são estudantes universitários como nós, a maior parte já nos últimos anos de curso.

Estamos no centro da cidade, no centro mesmo, pleno coração portuense. Estamos perto de tudo, do metro, do comboio, dos bares mais afamados, do teatro (que fica mesmo na esquina) e  por aí adiante! É maravilhoso, apesar da merda que nos acontece todos os dias e de eu ser completamente alien da minha vida académica, a minha vida “familiar” por lá é maravilhosa! E até as horas do jantar são divertidas, ficamos famintas a fixar os tachos à espera que a comida cozinhe enquanto cantamos e dançamos porque como eu já disse nós somos energia palhaça e a casa é fria como tudo!

No principio custou-nos a habituar à nossa mini-cozinha, apesar do frigorifico e do fogao serem novos (o que é um grande plus acreditem!) os nossos balcões são baixiiinhos e alguns acidentes aconteceram no inicio, acidentes que só tendo estado lá é que dá para perceber como foram hilariantes (depois contamos).

Enfim… Primeiro que me habituasse ao corre corre do metro foi os diabos! Mas agora já me sinto parte da cidade, uma espécie de recém nascida mas que já cambaleia ao som da música da grande cidade. E acho que posso falar por todas.

Depois de algum tempo a viver num sítio acabamos por nos habituar, (afinal somos creaturas de hábitos) e acabamos por fazer pazes com tudo o que de bom e de mau o sítio tem para nos oferecer. Eu gosto particularmente das estações de comboio. Gosto da variedade que se encontra por lá. Gosto da mistura de gentes, de cores, de rostos, de corpos, de vozes, só não gosto do aperto e do cheiro a suor quando apanhamos o comboio da uma à sexta feira. De resto gosto mesmo daquilo. Gosto do embalar da viagem, que apesar de às vezes me enjoar dá-me uma sensação de preenchimento. Sinto que aquela viagem é essencial para deixar o juízo em ordem antes de voltar para a cidade pequena. Adoro. Adoro os vendedores de castanhas da rua de Santa Catarina e as senhoras que ficam à porta do Bolhão a regatear meias e panos da louça. Gosto das rugas nas caras das pessoas, ainda que me faça muita, mas mesmo muita impressão não se verem jovens em bando pelas ruas, estou tão habituada a isso, mas pronto. Tenho de sair mais vezes. De explorar mais coisas, de tentar melhorar o meu sentido de orientação que é uma desgraça.

Ao contrário do que se poderia pensar, as amizades da “terrinha”, como eu carinhosamente me refiro à minha cidade mãe, não se perderam, nem afastaram nem coisa que o valha. Pelo contrário, fortaleceram-se com os nossos jantarzinhos mensais, para por a conversa em dia e com os encontros nocturnos lá por casa, já que andamos todas mais ou menos por zonas portuenses. Ah como é bom ter um sofá feito de colchões que é cama para as visitas!

Vou terminar por aqui, porque apesar de ter imensa coisa para contar e de estar com a trela toda nos dedos quero guardar assunto para futuros posts. Não que haja falta de novidades para contar, porque a cada dia que passa a conta aumenta desproporcionalmente, é só mesmo, porque pronto, não posso ser eu a contar-vos tudo.

Abby.